Chega de enrolação. Criei coragem para falar e começarei pelo começo, continuarei depois até chegar ao fim e então pararei.
O Mal Vicioso vem lhes informar por meio deste post que “Alice no país das maravilhas” não é um livro para crianças por ser simples e não fazer sentido algum. Ele é simplesmente brilhante e talvez as crianças sejam as poucas que conseguem compreendê-lo por ainda estarem na ponta dos pêlos do coelho branco.
Qual a relação entre um corvo e uma escrivaninha? Não precisa responder, apenas pense.
O objetivo de Alice não é informar, mas confundir um pouco afim de fazer pensar. A história é uma grande operação mindfuck confabulada em 1894 e provavelmente inspirada pelo posterior Principia Discordia que foi escrito por Mal-2 nos anos 60.
A lógica do autor é absolutamente absurda e os diálogos e poemas nos levam a pensar: afinal, o que é o louco e o que é o padrão?
Nietzsche escreveu em “Além do bem e do mal” que a loucura é algo raro em indivíduos mas que em certas épocas e sociedades é a norma. Talvez nós é que sejamos loucos e os personagens maravilhosos sejam a realidade. Ou talvez sejamos nós os personagens maravilhosos. Quem sabe?