Mercury: The Messenger of the Gods

Continuando com os programas para imigrantes (mas não só pra eles), aí está mais um excelente programa para Linux (e em Windows também funciona!)

Conheci hoje um cliente para a rede do MSN Messenger chamado Mercury. Foi feito em Java, é multi-plataforma e tem todas as funcionalidades do cliente proprietário da Microsoft.

O cliente permite que você use winks, emoticons personalizados, mensagens particulares, webcam, “o que você está ouvindo” na mensagem particular, etc e ainda uma série de exclusividades, como a personalização da lista de contatos (usando HTML), mensagem de away, saber quem te excluiu da lista, skins, plugins, aliases (apelidos), conversação em abas e vários outros frufrus.

Descobri ele quando meu irmão estava tendo problemas com o aMSN CVS no desktop de casa e fiquei de boca aberta. Como é que eu não conhecia isso antes?

O cara que fez o Mercury o fez de uma maneira bem organizada e, mesmo ele não sendo um software livre, é um excelente programa que merece uma citação aqui no blog. O programa trabalha com vários arquivos XML (pra fazer quase tudo) e suas configurações chegam até a ser chatas de tantas opções que o usuário tem. Por exemplo, ele te dá a opção até de colocar um comando de shell para colocar uma música de outro player (!= Winamp e iTunes) na mensagem particular, e eu fiz pro AmaroK:

#!/bin/bash
# playing.sh | AmaroK, what's playing?

resultado=`dcop amarok player nowPlaying`
if [ "$resultado" = "call failed" ]; then
        echo ""
else
        echo $resultado
fi

A instalação do Mercury é super simples (é um arquivo binário, aonde você vai dando “Nexts”) e um “defeito” do programa seria não colocar um ícone no System Tray automaticamente; defeito que corrigi adicionando ao início do arquivo ~/runMercury:

options="-Djava.library.path=/home/usuario/Mercury"

Meu irmão criou uma comunidade no Orkut para o mensageiro.

O Windows quebrou!

Hoje ocorreu aqui em casa o pontapé final (caramba, de onde eu tirei essa?) para a adoção do GNU/Linux no desktop por parte de todos. Meus pais e meu irmão menor já estavam usando o Ubuntu sem problemas, mas meu irmão maior relutava e insistia no maldito reboot. E aí eles ficavam lá naquele sistema da Microsoft pra não precisar rebootar de novo…

Mas hoje o Windows quebrou. Eles foram ligar o sistema como de costume e deu uma linda telinha azul dizendo que o HD deveria estar corrompido…! Na hora, com olhos brilhantes, pensei: “Graças a Deus!”. Sou agnóstico, não ateu (tem gente que acha que é a mesma coisa); mas depois dessa acho até que desenvolvi uma certa gnose.

Eu tinha combinado com meus familiares que eu não ia dar qualquer tipo de suporte ao Windows ou à qualquer programa da Microsoft. Dito e feito. Agora quem vai instalar e configurar um novo Windows? Eles que se virem! Aliás, não temos mais nem CD de Windows funcionando em casa, o que garantirá pelo menos o feriadão inteiro de Ubuntu aqui! Hahaha… (risada maléfica)

E então o que deveria ser tristeza (ora, pobre Windows!), tornou-se minha maior felicidade. Estou aqui usando internet compartilhada de um sistema operacional decente em que eu posso confiar e eles até tão felizes ali (acabei de importar o profile do Firefox deles e ensinei meu irmão a usar Bloglines pra não precisar abrir 500 blogs ao mesmo tempo pra ver se tem atualizações!).

Talvez agora eles ainda não compreendam, mas eles vão ser mais felizes assim. As pessoas precisam aprender e evoluir. Aliás, nesse feriadão vou ensinar meus pais o básico do console do Linux e o gerenciamento de pacotes do Debian. :D

Programas legais para imigrantes

Esta semana testei dois programas bastante interessantes principalmente para quem está migrando do Windows. São eles: AmaroK e aMSN CVS (o aMSN estável eu já tinha usado, só que esse tá bem mais legal). Me senti na obrigação de fazer propaganda desses dois excelentes programas (softwares livres) que eu conheci…

O AmaroK é uma espécie de iTunes rodando em Qt. Tem vários recursos interessantes e organiza a biblioteca de várias maneiras interessantes. É leve e, mesmo não tendo recursos como as “Smart Playlists” e baixar podcasts de feeds RSS é bem legal. Uma excelente idéia pra quem usa Linux! E com certeza é bem melhor que o Windows Media Player (para player, tem recursos semelhantes, e é bem mais leve).

O aMSN está também em constante evolução. Há algum tempo, ele era uma coisa bem limitada em relação ao MSN Messenger da Microsoft, mas agora já conta com vários recursos legais como webcams (talvez o recurso mais interessante), pedidos de atenção, emoticons personalizados e tem recursos que o próprio mensageiro da Microsoft não tem, como: nome usado apenas na conversa, estados personalizados, saber na lista de quem você está e na de quem você não está, saber quando o usuário abre/fecha a janela, usar quebras de linha no nome, pegar avatar de seus amigos, vários skins, plugins adicionais, além de ser software livre e você poder modificar o que você quiser!

Coisas legais que encontrei na internet

Já que eu não tenho Del.icio.us (eu não sinto necessidade), eu costumo não compartilhar os links legais que acesso, mas agora vou começar a colocar alguns deles aqui na minha página para vocês conhecerem. Dos últimos dias, tenho quatro coisas legais para sugerir:

Agora vou falar um pouco de música…

O André, percussionista do nosso grupo de choro, na última hora não pôde comparecer à Noite da Declamação do Colégio ontem e por isso eu e o Bruno (meu irmão) tocamos apenas músicas solo. Resolvemos, ao invés de tocar choro, tocar música clássica. O Bruno apresentou Bachianinhas No. 1 (Paulinho Nogueira) e eu Marcha Turca (Mozart). Até que ficou legal…

Hoje saí da aula faixa de português (aêê!) pra ensaiar para o trabalho de física que eu, o Ivo e o John estamos fazendo sobre Acústica. Nós vamos gravar vários sons para colocar exemplos das qualidades do som…

Linux ganhando espaço

A medida que família e amigos (usuários leigos) conhecem o Ubuntu, o Linux vem ganhando cada vez mais espaço nos computadores por aqui. Neste final de semana, viajei pra Floripa e meu tio, doutor em psicologia, se mostrou interessado no software livre e em usar Linux. Ele questionou: Por que os socialistas, os anarquistas, os índios, […] não usam Linux? Não soube responder. Quer dizer, só pode ser por falta de conhecimento… Já que os computadores vêm com o Windows ninguém vai atrás de outra coisa mesmo que tenha tanto a ver com os seus objetivos e sua maneira de viver. E concordamos que o software livre precisa de algo como aquele projeto de software livre para leigos que eu estava fazendo, algo que mostre como migrar aos poucos e que traga uma lista de soluções. Ele sugeriu que o site fosse desenvolvido em comunidades, eu pensei num wiki. Devo lançar algo semana que vem, apenas um pontapé inicial, para que cada pessoa possa postar sua contribuição e o site vá crescendo aos poucos. Aceitam o desafio?

Mas voltando ao assunto da inclusão do Linux nos computadores por aqui… No mesmo dia, já que estava sem CDs lá, baixei e instalei o Kurumin 5.0 no laptop do meu tio. Fazia algum tempo que eu estava por fora das novidades do Kurumin. Na minha opinião, ele tá muito melhor que o Ubuntu. Aqueles ícones mágicos são maravilhosos! E ele ainda tem muitos scripts facilitadores que o Ubuntu não tem, como a configuração daqueles modens chatos Speedtouch que ontem eu tive que configurar. Por essas e outras, resolvi instalar agora Kurumins ao invés de Ubuntus nos computadores pelos quais passo. Pelo menos aqui no Brasil, vale bem mais a pena; e ainda valorizamos o produto nacional!

Porém, ainda acho que o Linux para iniciantes tem alguns pontos fracos. O particionamento do HD é muito difícil pra quem tá vindo (mesmo com o simples GParted); a configuração do gerenciador de boot (o Lilo e Grub precisam ter uma interface gráfica para configuração nessas distros para leigos) é muito difícil também; e ainda tem a questão de configuração de outras coisas que ainda são complicadas mesmo no Kurumin, como a configuração do Speedtouch que pede umas coisas que ninguém sabe tipo VPI e VCI. Com o projeto que citei acima, espero que o usuário tenha mais facilidade para realizar essas tarefas.

Mudando radicalmente de assunto…

Eu, o Bruno (meu irmão) e o André (o cara que toca pandeiro no nosso grupo de choro) vamos nos apresentar no Colégio depois de amanhã, na Noite da Poesia. Quem puder, compareça. Iremos tocar Segura Ele, do Pixinguinha e o resto do espetáculo deve ser bem legal também.

Mudança de Servidor

Eu já conhecia a Dreamhost há algum tempo. Já cliquei algumas vezes no link da página do Bruno Torres, que me levava pra esse servidor “louco” que dá quase 5gb de espaço, 120gb de banda e o preço é igual o da GlobalHosts (aquela que eu usava até mês passado), mas depois de me confrontar com a taxa de setup (US$ 50!) tinha resolvido que não precisava de tudo isso (pô, o servidor tem o dobro de espaço em disco que a Nerdhost tinha de banda) e não valia a pena.

Mas acontece que hoje, procurando por servidores de hospedagem com SSH, encontro um post de semana passada do Danilo Medeiros, no DigitalMinds com justamente o que eu sonhava: DreamHost sem taxa de setup. O negócio é bom pra ele e pra mim: Ele ganha US$ 47,00 por eu ter me cadastrado pelo site dele e eu ganho os outros US$ 50,00 (na Dreamhost, quando alguém se cadastra, o cara que sugeriu o site a ele ganha US$ 97,00!). Mas pra mim é melhor, porque finalmente eu tenho um servidor confiável (conheço vários usuários felizes), barato e tem bem mais recursos até do que eu precisava.

Nessa semana aconteceram muitas coisas… Vou começar falando do Ubuntu. A distribuição, com fama de simples, impressionou até a minha mãe!

Pra mim, ele não é nada demais. Não acho mais simples do que Kurumin (que também é baseado em Debian, é em português e tem um monte de ícones mágicos pra facilitar ainda mais a vida) ou do que o Debian BR-CDD (esse segundo tem até o design da instalação e usa o Gnome, exatamente igual a ele, e é em português!). Acho que só pode ser por causa do seu significado “humanity to others” ou por ser bonitinho e a gente poder pedir gratuitamente CDs pelo site. Mas independente dessa questão, o que importa é que tá todo mundo gostando do Ubuntu.

Meu irmão menor, de 11 anos, instalou o sistema quase sozinho no desktop de casa. O único problema que ele teve foi o de configuração de rede (ele não sabia que IP colocar) e o particionamento, em que eu tive que dar uma pequena ajuda, mas acho que na próxima ele já vai conseguir fazer sozinho.

Além disso, levei uns cds pro Colégio e estamos com projeto de instalar em seis computadores: os três da biblioteca (uso apenas da internet por alunos) e os três da sala dos professores (uso apenas do Word). A reação da maioria das pessoas (já instalamos em dois computadores) foi muito legal. Só que anotei algumas dificuldades pra talvez até modificar em futuras versões do Ubuntu ou pra caso alguém quiser criar uma distribuição fácil se lembrar… Hehehe… :)

  • Configuração da Rede – Meu irmão não soube o que colocar no IP para se conectar a nossa rede local… Acho que faltou naquela tela uma pergunta “Você quer configurar a rede agora?”
  • Particionamento do Disco – Isso sempre é difícil para os usuários leigos. Não sei como podia ser mais simples, mas sei que a maioria das pessoas desiste de instalar nessa parte…
  • Configuração do Fuso Horário – Esse era um problema que eu realmente não esperava. Porém, até professores do Colégio tiveram dificuldade com a escolha de fuso horário… Acho que deve ficar mais claro na instalação, como fica na maioria dos formulários na internet. GMT -2 : São Paulo, Brasília, etc. ao invés de Leste, Oeste, outro.
  • Menu do Gnome – As três pessoas que tiveram o primeiro contato com sua nova máquina com Ubuntu clicaram no ícone de “Mostrar área de trabalho”. Não seria mais sensato para o Gnome colocar o menu de aplicações embaixo para quem está vindo do sistema corporativo da Microsoft se acostumar de forma mais leve?
  • NumLock – Todo mundo tá acostumado com o NumLock ligado por padrão.
  • Pacotes pt-BR – O Ubuntu pergunta na instalação se queremos baixar os pacotes. Porém, considerando que eu uso ADSL PPPoE e não pude configurar minha internet durante a instalação, como faço pra instalar os pacotes brasileiros depois? Deveria ter um ícone pra isso no menu depois…
  • Conectar ADSL – Pô… A instalação tudo bem, mas depois eu ter que entrar no console e digitar pppoeconf pra configurar o ADSL (porque obviamente já usei outros Linuxes e conhecia o rp-pppoe) é difícil, né? Que tipo de usuário leigo consegue conectar-se ao seu serviço PPPoE num Ubuntu?

Alguns dos problemas acima são específicos do Ubuntu; outros dos GNU/Linux em geral. Algumas coisas são questão de preferência, mas será que não seria importante deixar o GNU/Linux mais fácil até nesses pontos (bem específicos) para os usuários acostumados com o Windows?

Por essa e por outras, disse acima que preferia o Kurumin, mas de qualquer maneira, o Ubuntu tá muito legal e o povo tá começando a usar aqui… O software livre, até pra fins educativos, é muito legal. Agora estou baixando o Edubuntu pra ver se não dá pra instalar nos computadores do Laboratório de Informática do Colégio… :D

Outro fato dessa semana foi o final do JEI2005. Salesiano campeão-geral novamente, com a ajuda do voleibol juvenil masculino… :D

E para finalizar, talvez o mais importante dos fatos: a mudança do sistema de blog do meu site. Estou agora utilizando o WordPress. É meio estranho alguém que estava fazendo um sistema de blogs semana retrasada passar a usar um outro sistema, né? Mas é que eu desisti de fazer o Semantic Blog, porque o projeto tava meio parado (o Gustavo e o Hélio são muito ocupados) e recebi finalmente meu invite no WordPress.com, onde testei o sistema e gostei bastante. Um recurso legal é que tem vários plugins. Estou para instalar o plugin do GeSHi e já instalei o plugin do LaTeX Render. Realmente recomendo… :)

[update] Agora instalei também o plugin do GeSHi! [/update]

© 2005–2020 Tiago Madeira