Linux NÃO é Windows

Linux não está interessado em market share. Linux não tem clientes. Linux não tem acionistas, ou uma responsabilidade no rodapé. Linux não foi criado para fazer dinheiro. Linux não tem a meta de ser o sistema operacional mais popular e espalhado do planeta.

O que toda a comunidade do Linux quer é criar um sistema operacional realmente bom, cheio de recursos e livre. Se isso resultar em Linux ser um sistema bem popular, então isso é ótimo. Se isso resultar em Linux ter a interface mais intuitiva e amigável já criada, então isso é ótimo. Se isso resultar em Linux se tornar a base de uma indústria multi-bilionária, então isso é ótimo.

Isso é ótimo, mas não é o ponto. O ponto é fazer do Linux o melhor sistema operacional que a comunidade é capaz de fazer. Não para outra pessoa: para si mesmo. As tão comuns ameaças de “Linux nunca vai dominar os desktops a não ser que seja de tal maneira” são simplesmente irrelevantes: a comunidade do Linux não está tentando dominar o desktop. Eles realmente não se importam se ele ficar bom o suficiente para rodar em cima do seu desktop, desde que ele continue bom o suficiente para estar nos deles. Os gritões que odeiam a Microsoft, invejosos fanáticos pró-Linux, e fornecedores de software livre que fazem isso pra ganhar dinheiro podem falar alto, mas eles ainda são minoria.

Isso é o que a comunidade do Linux quer: um sistema operacional que pode ser instalado por qualquer pessoa que realmente o queira. Então, se você está considerando migrar pro Linux, primeiro pergunte a si mesmo se é isso mesmo que você quer.

Se você quer um sistema operacional que não seja seu motorista, mas que lhe dê as chaves, coloque você no banco de motorista, e espera que você saiba o que fazer: use Linux. Você vai ter que dedicar algum tempo para aprender como usá-lo, mas depois que você tiver aprendido, você terá um sistema operacional que você pode fazer sentar e dançar.

Se você realmente só quer Windows sem malware e problemas de segurança: leia sobre boas práticas de segurança; instale um bom firewall, detector de malware e anti-vírus; troque o Internet Explorer por um navegador mais seguro; e mantenha-se atualizado com atualizações de segurança. Há pessoas por aí (eu, inclusive) que têm usado Windows desde os tempos de 3.1 até o XP sem nunca terem sido infectados com um vírus ou malware: você pode fazer isso também. Não use Linux: ele vai falhar miseravelmente em ser o que você quer que ele seja.

Se você quer a segurança e a performance de um sistema operacional baseado em Unix, mas com uma atitude focada no cliente e uma interface famosa no mundo inteiro: compre um Mac. OS X é ótimo. Mas não use Linux: ele não vai fazer o que você quer que ele faça.

Não se trata apenas de “Por que eu deveria querer Linux?”. Se trata também de “Por que Linux deveria me querer?”

Tradução livre feita por mim da conclusão do Linux is NOT Windows, que é licenciada e pertence a Dominic Humphries.

Muito interessante o artigo do cara. Pensei em traduzir tudo, mas não tenho tempo pra isso nesse momento. Se vocês gostarem, quem sabe em janeiro eu traduza um item de cada vez e escreva vários artigos sobre isso…

Lembram que eu perguntei por que você usa o seu sistema operacional? Não foi uma pergunta pra mandar você usar algum sistema operacional específico, porque você é livre, mas para que você use o que você achar melhor sabendo fazer essa escolha.

Eu não quero usar um sistema operacional igual o Windows XP, com aqueles recursos chatos como fazer uma ação sempre que eu pluggo qualquer coisa no computador (meu pai, que usa Windows 98, sempre reclama: esse Windows XP fica abrindo um monte de coisa sem eu pedir nada!) e onde eu não controle. Eu não quero um motorista; Eu quero dirigir! E eu uso Linux porque ele me permite muitas coisas que o Windows não permite.

Quero aproveitar o artigo para citar o excelente Falcon Dark:

Nos últimos tempos os desenvolvedores dos vários sabores de GNU/Linux decidiram que era hora de desbancar o Microsoft Windows onde ele era forte: desktops domésticos e aplicações e desktops de pequenas e médias empresas. E o desenvolvimento do GNU/Linux e seus correlatos (como interfaces gráficas, programas, drivers, aplicações) passou então a seguir os passos do próprio Windows.

Gnome e KDE apresentam interfaces com funcionamento e look & feel semelhantes ao Windows. Os programas como navegadores de web (Firefox), office (OpenOffice) desenvolvimento (Eclipse, etc.) ainda que apresentem funcionalidades que seus competidores não possuam inspiram-se nas interfaces concorrentes para tratar o usuário. Tenho a impressão que isso dê-se pela idéia de que se o Firefox parecer bastante com o Internet Explorer o usuário migrará com mais facilidade, idem para o OpenOffice que em sua versão 2 abandonou sua identidade visual anterior para buscar uma identificação maior com o Microsoft Office.

Mesmo que isso proporcione uma maior facilidade de migração, traz consigo um problema. Ao seguir os passos de alguém, você está sempre atrás. Enquanto a Apple é conhecida por inovar nas interfaces de seus produtos e usa isso como seu grande diferencial as interfaces de GNU/Linux parecem sempre ser uma adaptação do desenho da última interface adotada no Windows. Fica a impressão que junto com os acertos repetiremos também todos os erros dos outros sistemas. Ser uma alternativa ao que já está implementado significa antes de tudo ser diferente do que já está implementado. As pessoas tendem a não enxergar diferenças entre coisas que são muito similares. E acabam por concluir que é igual.

E assim vai ser com tudo que os desenvolvedores Linux esperarem sair em outro sistema antes para ter certeza que dará certo. Seja com EFI, seja com novos sistemas de arquivos, com uma nova abordagem para a organização e uso do desktop, seja com um novo método de instalar programas. Se você quiser ser reconhecido por algo diferente e inovador, você deve fazer algo diferente e inovador.

O maior ponto fraco do GNU/Linux enquanto alternativa ao Windows hoje é esse: estar mais preocupado em implementar coisas que o Windows implementa do que implementar coisas novas que a Microsoft nem tenha avaliado ainda. Há muito o que fazer nessa área. Coisas como Personal Clustering ou Desktops Remotos, são coisas que em um futuro podem ser desejáveis para muitos usuários e que o GNU/Linux não poderia esperar o Windows trazer para também decidir implementar. A inovação deve estar sempre em prineiro lugar para que o Linux possa apresentar-se com um diferencial forte ao ser considerado alternativa ao Windows. E aí me dá uma saudade da Conectiva… ;-)

Tenho certeza que o Linux não decepcionará quem estiver disposto a perder um tempo pra aprender a dirigir. E para quem precisar de ajuda sempre haverá uma grande comunidade disposta a ajudar (eu inclusive). Vamos inovar! Vamos fazer o melhor sistema operacional do mundo, pra nós! Usuários não-preguiçosos de todo mundo, uni-vos!

Windows é mais fácil?

Na minha opinião, a facilidade de uma ação depende da praticidade de execução da mesma (ou seja, do tempo que ela demora pra ser executada). Quando eu converso com algum leigo sobre Linux, depois de eu convencê-lo com vários argumentos que o Linux não só tem muito mais recursos como ainda tem uma filosofia muito mais bonita, ele sempre diz: “Mas Linux é muito difícil!”

Eu não acho que Linux seja difícil, eu acho que é diferente do que elas estão acostumadas. E as pessoas precisam ter mais disposição pra testar e aprender o novo! É claro que no início elas vão ter dificuldade, mas o Linux não é nenhum bicho de sete cabeças!

Porém, o foco desse pequeno post não é questionar a dificuldade por esse aspecto, mas questionar a praticidade de uso dos dois sistemas.

Vou propôr um problema básico: baixei 500 fotos de uma viagem (com uma qualidade foda, tipo 2048×1536) para o meu computador. Elas estão muito grandes e quero diminuí-las para publicá-las no meu site. As imagens para a web não precisam ser muito grandes e nem ter uma qualidade muito alta. Eu não quero que elas tenham aquele nome feio DSC_….JPG que elas têm e quero que os arquivos tenham nomes em minúsculas do tipo viagem-N.jpg. Isso não é nenhuma realidade distante, é algo que eu sempre preciso fazer…

No meu Linux (com Funções ZZ e ImageMagick), eu simplesmente escreveria:

$ zzarrumanome *
$ zznomefoto -p viagem- *.jpg
$ mkdir fotosnovas
$ for i in *.jpg; do
> convert -geometry 640 -quality 75 $i fotosnovas/$i
> done

Como fazer isso no Windows? Se alguém conhece uma maneira, me ensine nos comentários. Eu gostaria muito de saber pra ensinar aos meus amigos que sempre precisam disso! :-)

[update] E vejam o que o MeioBit acabou de postar… eu ainda acho a minha maneira muito mais fácil! [/update]

Resumão

Segunda Fase da OBI2006

Sábado foi a OBI em Blumenau. A prova estava cansativa e difícil pra caramba… Na minha opinião, o nível de dificuldade foi semelhante a da Seletiva para IOI do ano passado.

Fui muito mal, mas pelos comentários parece que ninguém foi muito bem. Essa espera pelo resultado vai ser longa… Hehehe… Teve gente que não me interpretou direito, então vou falar de outra maneira: Estou ansioso pelo resultado, por isso as duas semanas vão demorar pra passar.

Resposta à Veja

Não posso deixar de linkar esse ótimo artigo do Falcon Dark (assinem o feed desse cara… tudo que ele escreve é excelente!): Para o público e o privado sem ideologismo. Ele comenta sobre a reportagem da Revista Veja de 17 de maio de 2006, página 68, O grátis saiu mais caro.

O Laptop do Reinaldo

Instalei GNU/Linux (Slackware) no laptop do Reinaldo. Um Pentium 3 900mhz, 128 mb ram, 6 gb de HD; que tá com uma performance legal agora, sem o Windows XP que possuía (ou melhor, que o possuía).

O legal é que a placa de rede do laptop era PCMCIA e o CD e o disquete não funcionavam direito! Foi uma experiência única e desesperadora… :) Hehehe…

Consegui bootar por um CD velho do Slackware 10.0 (o drive de CD só conseguiu ler esse CD de todos que eu tinha aqui) e só deu pra instalar a série A (os pacotes mais básicos). O resultado foi um sistema sem absolutamente nada (andei até perguntando pro Lorn se tinha como configurar rede sem ifconfig… hehehe). Depois de dois dias, quando quase estava indo entregar para o Reinaldo o laptop destruído (sem sistema operacional), lembrei que tinha um velho zip-drive externo USB aqui em casa. Pluguei, montei e funcionou! Aí consegui instalar a série N (Network) e a AP (aplicações básicas) para conseguir ver o meu computador na rede e copiar o Slackware 10.2 inteiro.

Finalizado esse passo, reiniciei o computador bootando pelo CD do Slackware 10.0, deletei tudo do HD (com excessão exceção do CD do Slackware 10.2 que eu tinha copiado) e consegui fazer a instalação. O computador tá excelente agora, com uma performance impecável! :D (usando XFCE como gerenciador de janelas)

Desafio Nacional Acadêmico

Esse ano vai acontecer pela primeira vez o DNA. É um dia com várias provas (segundo eles, quase impossíveis) solucionadas pela internet por equipes de cinco componentes. Tem prêmios para os três melhores colocados e já inscrevi minha equipe. A inscrição custa R$ 50,00. Quem puder, participe! É uma oportunidade legal…

Microsoft terá que abrir código-fonte do Windows

A Microsoft anunciou, nesta quarta-feira, que vai abrir o código-fonte do sistema operacional Windows. A decisão cumpre uma das exigências da União Européia, que ameaçou multar a empresa por práticas monopolistas.

Fonte: Terra


Tô de boca aberta até agora. Isso aí parece notícia de primeiro de abril… Hehehe… Putz! Windows ser open source é uma das coisas mais absurdas que eu já ouvi. Seria o máximo! Imagina podermos editar o código do Windows pra corrigir seus bugs, termos Linuxes rodando programas de Windows e muito mais! :) Valeu, União Européia!

Windows Live Messenger

Segundo a Microsoft: O Windows Live Messenger será a próxima geração do MSN Messenger. Ele terá tudo o que você adora no Messenger – sua lista de contatos, seus emoticons, acesso imediato a seus amigos por texto, voz e vídeo, além de incríveis novos recursos para se conectar e compartilhar arquivos com seus contatos. E como sempre, você poderá fazer download e usar gratuitamente a maioria dos recursos.

Eu fui convidado pra testar o primeiro Beta dele e agora posso convidar cinco pessoas para testarem o negócio também. Não tenho pra quem dar os convites; portanto, se alguém quiser, poste um comentário!

Avaliação

Minha avaliação feita em cinco minutos de uso, só conseguindo testar o programa falando com meu irmão do meu lado (era de manhã cedo… hehehe)

  • Design: 2/5 – A Microsoft teve um péssimo gosto. Verde com laranja, uma coisa bem estranha. De qualquer maneira, se você tiver um Windows todo com essas cores até que fica “legal”. Tem uns sombreados e degradês legais. :) Acho que não combina com o meu Windows estilo clássico (ao menos é um WinXP ultra-leve). Mas eu acho que dá pra mudar essas cores, depois vou postar um novo screenshot se conseguir deixar ele “bonito”. :D
  • Novidades: 4/5 – Eu gostei da idéia do compartilhamento de arquivos do novo mensageiro. O plano deles é você poder compartilhar uma pasta inteira e outro usuário poder pegar arquivos dela. Não sei como ninguém pensou nisso antes… Hehehe… Fora isso, não teve nada muito inovador.
  • Usabilidade: 3/5 – É interessante quando você clicar numa pessoa aparecer ícones embaixo dela (essa idéia foi meio copiada do Google Talk, mas tudo bem…). Também gostei da maneira de procurar seus contatos em uma barra que tem em cima da lista (só serve pra você procurar nos seus contatos existentes). Humm… Porém, ainda não se compara ao nosso bom e velho ICQ. :) Eu achei o programa meio “pesadão” e o design dele colabora pra não dar muita vontade de usar… Hehehe
© 2005–2020 Tiago Madeira