HelP!

I need somebody…

Not just anybody…

You I need someone…

Já faz quase duas semanas que o Teobaldo se machucou. Meu HP Pavilion ze4610us de dois anos e quatro meses desligou e não deu mais sinal de vida. Eu preciso mandá-lo para alguém que tenha coragem e peças pra abri-lo, testá-lo e consertá-lo. Simplificando, eu preciso de uma autorizada da HP.

Ontem telefonei para o 0800 da HP. Depois de digitar um monte de números, me atendeu uma moça que, além de me fazer perguntas que eu já respondi digitando números, se recusou a me passar o endereço de uma autorizada deles aqui em Santa Catarina, dizendo que tal informação deve ser obtida na internet.

OK minha senhora, eu varri a página de vocês inteira e não achei nada. Aparentemente, a HP Brasil NÃO suporta o meu laptop. Alguém pode me fazer o favor de me dizer onde eu encontro uma autorizada da HP que conserte meu laptop aqui? É uma informação muito secreta?

O atendimento da HP em inglês via internet é excelente, impecável. Quando o meu HD deu problema e eles me responderam em menos de um dia com uma resposta excepcional de duas páginas com informações e links, meu pensamento foi “Sempre vou comprar laptops na HP, vale a pena pelo cuidado que eles têm com o cliente.”

Agora que conheci o atendimento brasileiro via telefone e essa página em que eu não consigo entrar em contato com eles via e-mail ou pegar o endereço deles, e que parece não suportar o meu laptop, recomendo-vos, caros leitores: escolham outra marca, ou outro país. O atendimento deles parece-me o da BrasilTelecom, se é que isso é possível.

Mas ainda há tempo de mudar minha recomendação, depende do desenrolar dessa história.

Can you please, please, help me?

E não é que era mesmo verdade?

Acabei de receber do The Blogging Times via Paypal os 100 dólares que ganhei no sorteio do Group Writing Project do ProBlogger depois de escrever sobre a blogosfera brasileira.

Obrigado ao Rodrigo, foi graças ao post dele que eu soube do sorteio. Obrigado também a todos que comentaram, aqui no blog, na lista da blogosfera, via mensagens instantâneas… Gostei em especial de um comentário aqui no blog, feito pelo Fabricio:

É bom saber que tem um brasileiro na lista, e ainda por cima falando bem sobre a blogsfera do país.

Acho que foi uma conquista importante pra nossa blogosfera ter vários participantes brasileiros no projeto (que já era bem parecido com o meme do Fabio Seixas). Os blogs brasileiros estão muito bons e em 2006 houve muita evolução. Aliás, foi sobre isso o meu post. Devemos continuar blogando e entrando em contato com outros blogueiros, criando uma comunidade de blogs no Brasil, na nossa língua, no nosso estilo… Tomara que 2007 seja ainda melhor! :-)

Ganhei 100 dólares!

Congratulations Tiago, you are one of the winners of the ProBlogger Group Writing Project.

You’ve won $100 cash

The sponsor of this prize will be notified of your email address for you to arrange for it to be sent to you.

Thanks for participating in the project and congratulations. A post announcing your win will go live on ProBlogger shortly.

Darren Rowse

Problogger.net

Entre 300 concorrentes, este que vos blogga ganhou 100 dólares escrevendo aquele post sobre a blogosfera brasileira de 2006, no concurso ProBlogger Group Writing Project!

Eu achei que fosse impossível ganhar esse negócio, fiz mais pra ganhar um link na página do ProBlogger e porque realmente queria falar bem da blogosfera brasileira. Mas… ganhei! :-) Valeu por todos que estavam torcendo (tinha alguém torcendo?), agora quero ver como eu vou fazer pra pegar esse dinheiro!

Linux NÃO é Windows

Linux não está interessado em market share. Linux não tem clientes. Linux não tem acionistas, ou uma responsabilidade no rodapé. Linux não foi criado para fazer dinheiro. Linux não tem a meta de ser o sistema operacional mais popular e espalhado do planeta.

O que toda a comunidade do Linux quer é criar um sistema operacional realmente bom, cheio de recursos e livre. Se isso resultar em Linux ser um sistema bem popular, então isso é ótimo. Se isso resultar em Linux ter a interface mais intuitiva e amigável já criada, então isso é ótimo. Se isso resultar em Linux se tornar a base de uma indústria multi-bilionária, então isso é ótimo.

Isso é ótimo, mas não é o ponto. O ponto é fazer do Linux o melhor sistema operacional que a comunidade é capaz de fazer. Não para outra pessoa: para si mesmo. As tão comuns ameaças de “Linux nunca vai dominar os desktops a não ser que seja de tal maneira” são simplesmente irrelevantes: a comunidade do Linux não está tentando dominar o desktop. Eles realmente não se importam se ele ficar bom o suficiente para rodar em cima do seu desktop, desde que ele continue bom o suficiente para estar nos deles. Os gritões que odeiam a Microsoft, invejosos fanáticos pró-Linux, e fornecedores de software livre que fazem isso pra ganhar dinheiro podem falar alto, mas eles ainda são minoria.

Isso é o que a comunidade do Linux quer: um sistema operacional que pode ser instalado por qualquer pessoa que realmente o queira. Então, se você está considerando migrar pro Linux, primeiro pergunte a si mesmo se é isso mesmo que você quer.

Se você quer um sistema operacional que não seja seu motorista, mas que lhe dê as chaves, coloque você no banco de motorista, e espera que você saiba o que fazer: use Linux. Você vai ter que dedicar algum tempo para aprender como usá-lo, mas depois que você tiver aprendido, você terá um sistema operacional que você pode fazer sentar e dançar.

Se você realmente só quer Windows sem malware e problemas de segurança: leia sobre boas práticas de segurança; instale um bom firewall, detector de malware e anti-vírus; troque o Internet Explorer por um navegador mais seguro; e mantenha-se atualizado com atualizações de segurança. Há pessoas por aí (eu, inclusive) que têm usado Windows desde os tempos de 3.1 até o XP sem nunca terem sido infectados com um vírus ou malware: você pode fazer isso também. Não use Linux: ele vai falhar miseravelmente em ser o que você quer que ele seja.

Se você quer a segurança e a performance de um sistema operacional baseado em Unix, mas com uma atitude focada no cliente e uma interface famosa no mundo inteiro: compre um Mac. OS X é ótimo. Mas não use Linux: ele não vai fazer o que você quer que ele faça.

Não se trata apenas de “Por que eu deveria querer Linux?”. Se trata também de “Por que Linux deveria me querer?”

Tradução livre feita por mim da conclusão do Linux is NOT Windows, que é licenciada e pertence a Dominic Humphries.

Muito interessante o artigo do cara. Pensei em traduzir tudo, mas não tenho tempo pra isso nesse momento. Se vocês gostarem, quem sabe em janeiro eu traduza um item de cada vez e escreva vários artigos sobre isso…

Lembram que eu perguntei por que você usa o seu sistema operacional? Não foi uma pergunta pra mandar você usar algum sistema operacional específico, porque você é livre, mas para que você use o que você achar melhor sabendo fazer essa escolha.

Eu não quero usar um sistema operacional igual o Windows XP, com aqueles recursos chatos como fazer uma ação sempre que eu pluggo qualquer coisa no computador (meu pai, que usa Windows 98, sempre reclama: esse Windows XP fica abrindo um monte de coisa sem eu pedir nada!) e onde eu não controle. Eu não quero um motorista; Eu quero dirigir! E eu uso Linux porque ele me permite muitas coisas que o Windows não permite.

Quero aproveitar o artigo para citar o excelente Falcon Dark:

Nos últimos tempos os desenvolvedores dos vários sabores de GNU/Linux decidiram que era hora de desbancar o Microsoft Windows onde ele era forte: desktops domésticos e aplicações e desktops de pequenas e médias empresas. E o desenvolvimento do GNU/Linux e seus correlatos (como interfaces gráficas, programas, drivers, aplicações) passou então a seguir os passos do próprio Windows.

Gnome e KDE apresentam interfaces com funcionamento e look & feel semelhantes ao Windows. Os programas como navegadores de web (Firefox), office (OpenOffice) desenvolvimento (Eclipse, etc.) ainda que apresentem funcionalidades que seus competidores não possuam inspiram-se nas interfaces concorrentes para tratar o usuário. Tenho a impressão que isso dê-se pela idéia de que se o Firefox parecer bastante com o Internet Explorer o usuário migrará com mais facilidade, idem para o OpenOffice que em sua versão 2 abandonou sua identidade visual anterior para buscar uma identificação maior com o Microsoft Office.

Mesmo que isso proporcione uma maior facilidade de migração, traz consigo um problema. Ao seguir os passos de alguém, você está sempre atrás. Enquanto a Apple é conhecida por inovar nas interfaces de seus produtos e usa isso como seu grande diferencial as interfaces de GNU/Linux parecem sempre ser uma adaptação do desenho da última interface adotada no Windows. Fica a impressão que junto com os acertos repetiremos também todos os erros dos outros sistemas. Ser uma alternativa ao que já está implementado significa antes de tudo ser diferente do que já está implementado. As pessoas tendem a não enxergar diferenças entre coisas que são muito similares. E acabam por concluir que é igual.

E assim vai ser com tudo que os desenvolvedores Linux esperarem sair em outro sistema antes para ter certeza que dará certo. Seja com EFI, seja com novos sistemas de arquivos, com uma nova abordagem para a organização e uso do desktop, seja com um novo método de instalar programas. Se você quiser ser reconhecido por algo diferente e inovador, você deve fazer algo diferente e inovador.

O maior ponto fraco do GNU/Linux enquanto alternativa ao Windows hoje é esse: estar mais preocupado em implementar coisas que o Windows implementa do que implementar coisas novas que a Microsoft nem tenha avaliado ainda. Há muito o que fazer nessa área. Coisas como Personal Clustering ou Desktops Remotos, são coisas que em um futuro podem ser desejáveis para muitos usuários e que o GNU/Linux não poderia esperar o Windows trazer para também decidir implementar. A inovação deve estar sempre em prineiro lugar para que o Linux possa apresentar-se com um diferencial forte ao ser considerado alternativa ao Windows. E aí me dá uma saudade da Conectiva… ;-)

Tenho certeza que o Linux não decepcionará quem estiver disposto a perder um tempo pra aprender a dirigir. E para quem precisar de ajuda sempre haverá uma grande comunidade disposta a ajudar (eu inclusive). Vamos inovar! Vamos fazer o melhor sistema operacional do mundo, pra nós! Usuários não-preguiçosos de todo mundo, uni-vos!

© 2005–2020 Tiago Madeira