Discussão sobre notícias falsas

As eleições municipais no Brasil foram repletas de boatos contra as candidaturas do PSOL.

Luciana Genro foi atacada o tempo todo por compartilhamentos de notícias falsas que a acusavam de todo tipo de absurdo. Marcelo Freixo chegou até a ter que lançar um site “A Verdade sobre Freixo” devido à enorme quantidade de farsas.

É necessário pensarmos em formas de combater essa boataria.

Por um lado me parece interessante que a mídia americana, chocada com a vitória de Trump contra Clinton, esteja refletindo sobre isso e pressione o Facebook para combater esse tipo de desinformação.

Por outro, é necessário ter as ressalvas de que soluções como subir no ranking os sites da mídia tradicional pode ser nefasto para movimentos e mídia alternativa, e que uma abordagem anti-abuso baseada em feedback na própria plataforma tem que ser bem planejada para não possibilitar coisas como um grande número de robôs da direita censurar um conteúdo legítimo nosso denunciando como fake, por exemplo.

Update (16/11/2016, 19h47): Facebook e Google declaram guerra aos sites de notícias falsas

Publicado originalmente no Facebook.

Escreva um blog e compartilhe suas ideias

O crescimento da internet em todo o planeta expressa a necessidade da nossa geração de experimentar meios de comunicação diferentes dos que a mídia tradicional nos propõem. A sociedade é cada vez mais dependente dessa rede, que conecta as pessoas das mais distantes localidades em tempo real.

A internet não é a mesma de dez anos atrás. Uma conexão hoje é condição necessária para a utilidade de um computador e a rede está cada vez mais presente em diferentes dispositivos, em especial nos celulares. A web é hoje o espaço das aplicações e dos serviços: um espaço virtual aparentemente infinito para onde você faz upload de toda a sua vida. Você usa a internet para ouvir músicas, baixar filmes, editar documentos, conversar com amigos, pagar contas, planejar viagens, organizar calendário, ver mapas, guardar fotos, entre muitos outros usos. Porém, o principal deles continua sendo compartilhar, ou seja, difundir ideias.

Compartilhar sempre foi o cerne da internet. Desde a criação dos primeiros sites pessoais, passando pelos blogs e por ferramentas que auxiliam a sua criação, chegando às mais diferentes ferramentas de redes sociais. Por isso, a disputa da rede é feita através das brigas em torno do compartilhamento: o que pode e não pode compartilhar, o anonimato necessário para compartilhar verdades inconvenientes, a neutralidade dos serviços contra o filtro do que passa e não passa pela rede.

Por um lado, temos aqueles que defendem uma internet mais restrita e com menos liberdade, isso é, com mais cara de TV. A censura do Wikileaks, juntamente com a perseguição a Julian Assange, e os projetos de lei SOPA/PIPA (EUA), Sinde (Espanha), Lerras (Colômbia) e Azeredo (Brasil) foram os casos que mais chamaram atenção nos últimos tempos.

Por outro lado, tecnologias estão sendo construídas e superadas em tempo recorde para tornar o compartilhamento mais fácil. Os levantes recentes no Oriente Médio demonstraram a eficácia da internet em ajudar ativistas políticos e sociais a organizarem protestos, disseminarem informações para o público e enviarem notícias de prisões e repressões ao restante do mundo. Do ponto de vista da tecnologia, o Facebook, pela sua capilaridade, é hoje a maior expressão da internet de curtir e compartilhar.

A rede de Mark Zuckerberg teve papel destacado em importantes acontecimentos sociais e políticos do ano passado. Há vários exemplos. Organização e divulgação dos protestos que culminaram na queda de Hosni Mubarak no Egito. Construção do movimento 15-M da juventude da Espanha e de outros movimentos de indignados por todo o planeta. Surgimento do movimento Occupy Wall Street nos EUA. Aqui no Brasil, difusão de diversos atos contra o aumento da passagem de ônibus, Marcha da Liberdade, Marcha das Vadias, Fora Ricardo Teixeira, entre outros.

A internet de hoje não é a mesma do ano passado. Pelo seu funcionamento democrático e pela sua dimensão global, ela muda muito rápido. Por isso, cabe a nós experimentar o tempo todo novas formas de explorar o ciberespaço para aproveitar todo o seu potencial viralizante e discutir ideias que nos auxiliem na construção de instrumentos de mudança social que organizem mais e mais pessoas ao redor do mundo.

Embora o Facebook seja uma ferramenta de utilidade incontestável, sua hegemonia tem me preocupado. Não pelo motivo que sempre leio por aí (o de estarmos compartilhando toda a nossa vida com uma empresa que não tem uma política de privacidade muito razoável), mas principalmente por outros dois: seu caráter efêmero e seus algoritmos que nos separam em bolhas.

Achar algo que você leu no mês passado no Facebook é um pesadelo. Ainda que você lembre quem foi que compartilhou ou em que grupo, você precisa andar e andar na barra de rolagem até fazer seu cooler começar a gritar de tanto processamento de JavaScript para encontrar o que você queria. No caso de querer encontrar comentários ou uma coisa que você não lembra quem foi que postou, é difícil até imaginar por onde começar. Os posts do Facebook não são indexados por sites de busca e suas mensagens vão ficando sufocadas embaixo de uma pilha que cresce quanto mais você usa a rede social. Por mais que exista a tentativa da linha do tempo para você navegar por anos e meses, é inegável que o Facebook é a rede social do que está acontecendo e não do que aconteceu.

Além disso, sua rede de amigos no Facebook é muito limitada. Primeiramente porque você só pode ter 5000 amigos (mais assinantes, é verdade), mas principalmente porque uma porcentagem muito pequena deles efetivamente vêem o que você posta. Vou dar um exemplo: De julho a outubro publiquei todos os dias atualizações de status sobre as eleições municipais no meu perfil divulgando as propostas dos meus candidatos. Na véspera das eleições, mandei e-mails e mensagens no Facebook para grande parte dos meus contatos pedindo voto neles. Várias pessoas ficaram felizes com a recomendação e disseram que até receberem a mensagem nem sabiam que eu estava envolvido na campanha do PSOL.

Faz sentido. O algoritmo do Facebook provavelmente seleciona postagens de temas que você se interessa (costuma postar, curtir, comentar, compartilhar) para você ler. Os posts sobre banana tendem a ser visualizados por quem gosta de banana. Aí você fica fazendo propaganda de bananas para seus amigos bananeiros. Bom para receber curtidas e melhorar sua auto-estima, ruim se você quer discutir as vantagens da banana com mais pessoas que não são do seu grupo de estudos sobre banana. Além de que tem um monte de gente que gosta de banana, mas nunca vai ver seus posts simplesmente porque não é seu amigo.

Passei os últimos anos escrevendo muito no Facebook. O Facebook certamente é uma ferramenta muito importante, mas estou convencido de que ele tem um potencial infinitamente maior se caminhar junto com a escrita de blogs. Posso citar pelo menos três motivos:

  1. Os blogs divulgam mensagens menos efêmeras e com mais conteúdo. Por isso, são espaços mais adequados à formulação e ao registro de ideias (que certamente não devem deixar de ir para as redes sociais para serem disseminadas nas bolhas).
  2. Os blogs são indexados pelo Google. Com isso, aparecem nos resultados das buscas de quem se interessa pelas coisas que escrevemos e seus links fortalecem os sites que queremos difundir para o mundo através do aumento do seu pagerank.
  3. Os blogs não só enviam mensagens, mas iniciam conversações. Posts em blogs geram não só reflexões, mas comentários, posts em outros blogs e discussões nas redes sociais.

Tenho uma rede de amigos que escreve coisas muito legais nas redes sociais. Debate os temas da atualidade, formula política, faz críticas inteligentes sobre uma porção de assuntos relevantes. Há muitas (bilhões, eu diria) pessoas que não leio no Facebook, que talvez leiam este post e que certamente também têm muito a contribuir para o saudável debate de ideias que precisamos travar o tempo todo para mudarmos as pessoas e mudarmos o mundo. Esses comentários merecem e precisam superar as fronteiras dos algoritmos do Facebook para gerar mais discussão e influenciar outras pessoas. Por isso, escrevo para fazer o convite: escreva um blog e compartilhe suas ideias!

Tem um blog? Compartilhe um link dele nos comentários.

Mostrando uma agenda do Google Calendar no seu site

Escrito em PHP. Pode ser usado no tema do seu WordPress. Requer CURL. Faz cache do calendário para não ter que baixá-lo sempre que alguém entra no seu site. Desenvolvido para um site que vai sair nos próximos dias. Use, modifique e distribua como quiser. (Não me responsabilizo por qualquer problema. Fiz pra um caso específico. A checagem de erros é meio porca.)

<?php
date_default_timezone_set('America/Sao_Paulo');
$events = Array();
$dom = new DOMDocument();

$file = "cached_calendar.xml";

$last = -1;
if (file_exists($file)) {
    $last = filemtime($file);
}
// Mude 3600 para o tempo (em segundos) que você quiser que o cache expire
if (time() - $last > 3600) {
    $fp = fopen($file, "w+");
    if (!$fp) {
        die();
    }
    // Substitua o e-mail do calendário do Google CodeJam pelo e-mail do seu calendário (público)
    $ch = curl_init("https://www.google.com/calendar/feeds/" .
      "google.com_jqv7qt9iifsaj94cuknckrabd8%40group.calendar.google.com/public/full");
    curl_setopt($ch, CURLOPT_TIMEOUT, 50);
    curl_setopt($ch, CURLOPT_FILE, $fp);
    curl_exec($ch);
    curl_close($ch);
    fclose($fp);
}

$dom->load($file);
$feed = $dom->getElementsByTagName("feed");
$entries = $feed->item(0)->getElementsByTagName("entry");
foreach ($entries as $entry) {
    $children = $entry->getElementsByTagName("*");
    $day = "";
    $start = "";
    $end = "";
    foreach ($children as $child) {
        switch ($child->tagName) {
        case "title":
            $title = $child->nodeValue;
            break;
        case "gd:when":
            if ($child->hasAttribute("startTime")) {
                $st = strtotime($child->getAttribute("startTime"));
                $time_to_sort = $st;
                $day = date_i18n("l, d/M", $st);
                $start = date("H:i", $st);
            }
            if ($child->hasAttribute("endTime")) {
                $et = strtotime($child->getAttribute("endTime"));
                $end = date("H:i", $et);
            }
            break;
        }
    }
    if ($title != "" && $day != "") {
        $events[] = Array(
            "time_to_sort" => $time_to_sort,
            "day" => $day,
            "start" => $start,
            "end" => $end,
            "title" => $title
        );
    }
}
function cmp($a, $b) {
    $a = $a["time_to_sort"];
    $b = $b["time_to_sort"];
    if ($a == $b) {
        return strcmp($a["title"], $b["title"]);
    }
    return ($a < $b) ? -1 : 1;
}
usort($events, "cmp");

$n = count($events);
if ($n > 0) {
    $lastDay = "";
    for ($i = 0; $i < $n; $i++) {
        $day = $events[$i]['day'];
        $title = $events[$i]['title'];
        $start = $events[$i]['start'];
        $end = $events[$i]['end'];
        if ($lastDay != $day) {
            if ($i != 0) {
                echo "</ul>\n\n";
            }
            echo "<h3 class="day"><span>$day</span></h3>\n";
            echo "<ul>\n";
          }
          echo "\t<li>\n";
            if ($start != "") {
                // Você pode modificar aqui para mostrar o horário de término ($end).
                echo "tt<span class="time">{$start}</span>\n";
            }
            echo "\t\t<strong>{$title}</strong>\n";
            echo "\t</li>\n";
          $lastDay = $day;
      }
      echo "</ul>\n";
} else {
    echo "<p>Nenhum evento cadastrado.</p>\n";
}
?>

Carnaval também é pop!

Só para constar… O Rafael estava certo em sua expectativa para o carnaval. Ainda faltam duas semanas para a festa e eu e a Carol resolvemos escrever alguns posts sobre isso lá no Mal Vicioso. Os posts mal foram indexados pelo Google, ainda temos tempo para o carnaval e as pesquisas já começaram a aparecer lá no Slimstat.

As dicas e idéias que a Carol deu para fantasias no carnaval estão bem interessantes, vale a pena dar uma olhada… E se você for um blogger, vale a pena escrever sobre o carnaval, se ainda não fez isso.

Aspire 5050-3205 é pop!

Palavras mais buscadas para entrar nesse site segundo o Slimstat desde 15 de dezembro de 2006:

  • tiago – 44 IPs
  • acer 5050-3205 – 36 IPs
  • acer aspire 5050 – 22 IPs
  • acer 5050 – 22 IPs
  • tiago madeira – 11 IPs
  • windows live menseger – 10 IPs
  • LAN HOUSE – 10 IPs
  • 5050-3205 – 9 IPs
  • ACER ASPIRE 5050-3205 – 8 IPs
  • acer 5050 3205 – 8 IPs
  • como entrar no youtube – 8 IPs
  • aspire 5050 – 8 IPs
  • hackear orkut – 8 IPs
  • roubar senha de msn – 6 IPs
  • roubar msn – 6 IPs
  • senhas do msn – 6 IPs
  • “hackear orkut” – 5 IPs
  • ATI Radeon Xpress 1100 – 5 IPs
  • descobrir senha do msn – 5 IPs

Aqueles posts pra conseguir paraquedistas estão rendendo e os ganhos do Adsense desse mês estão melhores que o do mês passado e muito melhores do que do mês retrasado. Mesmo assim ainda estão baixos. Nessa semana eu estou com uma média de um dólar por dia.

Além dessas palavras-chave, também buscaram hotchick, sexygirl, entre outras besteiras assim que eu escrevi no post sobre MSN.

Bom… Pelo menos eu devo estar dando um retorno real pra quem procura sobre o Acer Aspire 5050-3205 no Google. :) O hardware dele está sendo cada vez melhor reconhecido aqui… Não consegui fazer o wireless funcionar, mas agora o som hda-intel e a placa de vídeo estão perfeitas (a Radeon tá fazendo 1600 frames por segundo!) O AltGr+W = ponto de interrogação ainda não funcionou! Modifiquei na pasta symbols do XKB como vários locais na internet dizem, mas não funciona. Novidades a qualquer momento… ;-)

© 2005–2020 Tiago Madeira