Meu primo tuitou há alguns minutos que “o maior erro na vida é ter medo de errar” e a frase me deixou pensativo.
Suponha que você leia essa frase e resolva “Então, para não errar, não vou ter medo de errar”. Nesse caso você está tendo medo de um erro (o erro seria o medo de errar); absurdo!
Suponha, por outro lado, que você leia essa frase e resolva “Então vou continuar com medo de errar.” Neste caso, você está cometendo o maior erro (sem medo dele), então você perdeu o medo de errar. Absurdo novamente!
Portanto, conclui-se que o maior erro na vida não deve ser o medo de errar. qed.
PS: Perdoem-me por possíveis falhas, tive que escrever correndo para não me atrasar para o tango.
“Educai as crianças e não será necessário punir os homens.” (Pitágoras)
Peraí… Como assim educar as crianças?
Minha professora de história, nos últimos cinco minutos de sua aula, jogou uma pergunta à classe: Como deveriam ser as aulas de história? Enquanto uma grande parte dos alunos conversava, várias pessoas se manifestaram e sugeriram idéias diferentes. Fiquei a pensar: como contentar a todos? Como, afinal, seria uma sala de aula ideal?
Após a primeira reflexão, discuti com a professora como é complicado dar aula para uma sala. Existem vários tipos de aluno e cada um está na escola por um motivo e objetivo diferente (entre aqueles sem objetivo). Como juntar todos os alunos, ensiná-los do mesmo modo e avaliá-los da mesma forma? Como é possível dar aula para 40 pessoas tão diferentes uma da outra?
Na verdade o sistema da escola, a maneira como ela é uma obrigação (e as pessoas são empuradas para ela), a avaliação, a nota, o ensino, a juventude e suas metas (ou falta de metas)… tudo torna o processo educativo muito complicado. E ainda há duas questões de extrema importância: o porquê de educar e se realmente todos precisam saber do conteúdo.
Concluí que ninguém deveria estar numa instituição que prega que todos que têm a mesma idade são obrigados a aprender o mesmo conteúdo, no mesmo período, da mesma maneira e serem avaliados igualmente. E sim, eu sei que isso é uma máxima “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Mas mais do que isso, algumas pessoas em especial eu acho que não deveriam estar na escola. Há muita gente com dificuldade de concentração e de aprendizagem do conteúdo escolar…
Seriam eles inferiores? Creio que essa mentalidade está presente na construção da nossa sociedade. Porém, na minha opinião, nem todos nascem para o meio acadêmico e é para ele que a escola forma. Algumas pessoas (e não são nem um pouco inferiores por isso) têm outro jeito e deveriam ser tratadas de outra maneira. É uma pena que todos sejam mandados pro mesmo lugar e tratados como iguais. A igualdade nem sempre é boa, aliás, quase nunca.
Mas refletindo somente sobre a pergunta da Caroline individualmente e de maneira muito egoísta, resolvi que a melhor maneira de eu aproveitar as duas horas e meia semanais de história que temos (três aulas de cinqüenta minutos) é:
Segunda-feira: discussão cultural-filosófica do conteúdo que todos pesquisaram e estudaram final de semana.
Terça-feira: prova sobre o conteúdo que todos estudaram no final de semana e discutiram segunda-feira.
Quarta-feira, quinta-feira: não tem aula de história. A professora corrige a prova.
Sexta-feira: a professora entrega da prova, há uma socialização dos resultados e uma discussão para fechar o conteúdo. Tarefa para segunda-feira: pesquisar sobre um novo conteúdo (professora sugere um tema).
Sábado, domingo: Alunos pesquisam e aprendem sobre o tema que a professora passou.
Já sobre a escola como um todo, sua obrigatoriedade, sua divisão por matérias e por idade, etc. é preciso um outro post, muito maior. Assim que Éris me inspirar escreverei sobre isto.