Flick com XGL e Beryl

Não sabe o que é o Flick? É o meu Acer Aspire 5050-3205. Não sabe o que é XGL e Beryl? Google it! ;)

Por sugestão do Schneider, instalei Xgl e Beryl no laptop. Demorou um pouco e tive alguns problemas emergindo tudo, mas agora estou sob KDE+Beryl+Aquamarine com a minha ATI Radeon Xpress 1100.

Constatações pra quem nunca viu isso: É bonito. Existem muitos mais recursos do que aqueles mostrados nos vídeos da internet e é difícil usar todos. O computador fica um mais devagar, mas a diferença é pouca. Você impressiona qualquer usuário Windows sem dificuldade. É complicado instalar, configurar e usar. E agora eu ainda tenho que encontrar coisas bonitas pra combinar com os efeitos loucos 3D dele.

Queria gravar um videozinho também como todos esses caras na internet fazem, mas eu acho que o VNC deixaria tudo muito lerdo. Como que os caras gravam? Usando uma câmera de verdade? Alguma sugestão?

Água no pescoço

A ONU dobra previsão de aumento de temperatura e enquanto isso os sábios donos do mundo continuam não estando nem aí pro fim do mundo e continuam com a poluição e devastação em massa. E com os outros poderosos não é diferente.

Achava-se que quando a água chegasse na bunda as pessoas começariam a cuidar do meio ambiente, mas a água já está quase no pescoço e nada. É uma ambição incontrolável! Não entendo o sentido disso tudo, a não ser o já conhecido efeito Gollum.

Aquecimento global

Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder.

(Nietzsche)

Bram Mooleenar vs. Bill Gates

A maioria das pessoas que ouvem “software livre” ou “free software”, se é que já viram esse termo antes, imaginam um programa de computador gratuito. A filosofia por trás do software livre vai muito além disso, mas não é meu objetivo nesse post falar dela. Meu objetivo é falar sobre o projeto de Bram Mooleenar, criador e mantenedor de um dos editores de texto para programadores mais populares do mundo, o Vim.

Bram criou uma organização não-governamental para ajudar as crianças que sofrem com o alto índice de HIV no sul da Uganda, na África. Ele desenvolve o Vim a troco de doações para esta fundação, a ICCF.

The south of Uganda has been suffering from the highest HIV infection rate in the world. Parents die of AIDS, just when their children need them most. An extended family can be their new home. Fortunately there is enough food in this farming district. But who will pay their school fees, provide medical aid and help them grow up? That is where ICCF Holland helps in the hope that they will be able to take care of themselves, and their children, in the long run.

98% do dinheiro doado para o desenvolvimento do Vim vai para a ICCF ajudar crianças pobres da Uganda. Bram Mooleenar não é nem milionário, ele desenvolve um excelente editor livre para todo mundo, de graça e nem as doações dos usuários satisfeitos com o Vim vão pra ele!

Enquanto isso, o bilionário Bill Gates é premiado e agraciado por ser o “cidadão solidário”: cobra um absurdo em seus programas falhos que não podem ser adaptados para uso especial e doa menos de 5% de sua fortuna para a sua fundação depois de anos de ganância e com uma grana que ele nunca conseguiria usar de qualquer maneira.

Ótimo… Eu não entendo mais nada.

ET’s em fantasia de carnaval?

O que estamos fazendo aqui?

Engraçado. Tudo é muito engraçado. Creio que todos os seres viventes neste mundo de aflições deveriam ter aulas de sociologia, antropologia e psicologia intrumentais. Tudo isso, sim, tudo isso. E por quê? porque as pessoas estão perdendo a noção de senso comum, de gentileza, de dor, de tudo isso que afeta o outro.

Definitivamente não é uma lamentação, isto aqui. É um testemunho indignado com o comportamento social… E não digo isto de levantar pra velho sentar não. Digo das pessoas serem sensíveis ao próximo.

E nossa, como isso me irrita. Como me irrita a falta de tato. A brincadeira fora de hora. O egoísmo lato. A punhalada nas costas. O descaso. O descanso. Me irrita o sorriso falso, a gargalhada forçada, a “forçada” de barra, o comentário rasgado, a mentira desgraçada, a inconveniência desavergonhada.

Me entristece tanta falta de profundidade nas relações. E não por simplesmente termos de nos preocupar uns com os outros, mas porque desta forma nem nós nos conheceremos a fundo. E quanto mais eu vivo, mais tenho a sensação de que não sei quem sou. E não num sentido rebelde sem causa. Mas na falta de identidade. Na falta de algo que me assemelhe a alguém. E quando há um sentimento de coletividade, quando há a preocupação em enxergar o outro como semelhante aí sim sabemos quem somos. Com certeza antropologia iria ajudar…

Mas afinal, ainda tenho esperanças… Na pior das hipóteses, somos todos ETs em fantasias de carnaval.

Procurando sobre o carnaval no Technorati, conheci um blog novo muito bom: Sweet Vice. Este texto é o segundo post de um grupo de meninas, que pelas idéias me lembram a Carol. ;-)

Ela tem toda razão. As pessoas sempre estão competindo entre si e mentindo para levar vantagem, não estão nem aí se estão prejudicando o outro desde que seja para uma boa causa individual. Nosso mundo é egoísta e nós somos hipócritas.

© 2005–2020 Tiago Madeira