Depois de ouvir esse improviso do André Mehmari sobre Odeon e Choro pro Zé, fiquei com vontade de encontrar a partitura desse belo choro do Guinga. Porém, descobri que infelizmente é extremamente difícil encontrar o songbook “A música de Guinga”.
Procurando na rede, encontrei um torrent com um PDF com qualidade ruim e um documento do Scribd com qualidade boa. O problema é que o Scribd tem um paywall para não deixar as pessoas baixarem ou lerem os documentos que seus usuários colocam lá:
Percebi que ele passa todas as imagens corretamente para o navegador e só no lado do cliente muda a opacidade das páginas para elas ficarem semitransparentes. Então escrevi um userscript bem simples (usando jQuery por comodidade) para o Greasemonkey (uma dessas extensões indispensáveis do Firefox) para recuperar a opacidade das páginas do texto e, se necessário, remover essa mensagem “You’re reading a free preview”.
Edward Snowden acaba de obter asilo temporário na Rússia por um ano. O ex-agente da inteligência americana saiu da zona de trânsito internacional do aeroporto de Moscou por volta das 8:30 no horário de Brasília acompanhado de Sarah Harrison, assessora do WikiLeaks. Ele estava lá desde o dia 23 de junho, quando chegou de Hong Kong.
Snowden revelou ao mundo detalhes de programas de inteligência dos EUA que monitoram atividades de telefonia e internet. Por conta disso, passou a ser perseguido pelos americanos, que cancelaram seu passaporte. Venezuela, Bolívia e Nicarágua ofereceram-lhe asilo, mas ele não obteve salvo-conduto para sobrevoar os países necessários para chegar à América Latina.
O advogado de Snowden, Anatoly Kucherena, disse que o paradeiro de Snowden será mantido em segredo por razões de segurança. Segundo ele, o ex-agente vai falar com a imprensa, mas precisa de um dia para se adaptar.
O Juntos esteve na linha de frente da mobilização pela liberdade de Snowden no Brasil. Em três semanas de mobilização constante – 5/7 no Itamaraty, 14/7 na Assembleia Nacional do Juntos e 18/7 no #SnowdenDay – mostramos que Snowden não está só. Agora vencemos uma batalha. Mas a guerra continua. Seguiremos construindo uma agenda de mobilizações pelo país, ampliando a rede dos que lutam por Assange, Manning e Snowden e por liberdade na internet.
TL;DR: Instale o Adblock Plus em seu navegador, entre nas suas opções, peça para adicionar seu próprio filtro e adicione o filtro: *paywall*. Você agora deve ser capaz de ler notícias de Folha, Estadão e Globo sem cadastro. Caso tenha interesse em saber o caminho que levou a solução até aqui, continue lendo o post.
A mídia tradicional mudou a forma como publica na internet. A regra agora é que sem cadastro você só pode acessar um determinado número (pequeno) de notícias. O nome do sistema é paywall. Ao chegar no limite, você recebe mensagens como as seguintes:
No caso da Folha, só o cadastro pago dá acesso ilimitado. Nos outros, aparentemente um cadastro gratuito é suficiente. De qualquer forma, por que dar seus dados para esses sites saberem quem você é, como navega e o que gosta de ler? Para quem esses sites vão dar essas informações?
Para além da preocupação com privacidade e anonimato, esse sistema funciona como um bloqueio para que as pessoas não possam ler e disseminar as notícias da internet. Torna a circulação de informações mais difícil e o espaço internético mais privado e menos democrático. Por isso, compartilho aqui um pouco sobre o funcionamento do paywall e algumas formas de contorná-lo.
Os sites não querem que buscadores tenham dificuldade de acessar e indexar seu conteúdo. Tampouco querem bloquear endereços de IP, já que a quantidade de pessoas que usa internet via NAT (compartilhando o mesmo endereço de IP com outras pessoas numa mesma rede) é enorme. Por isso, eles fazem todo o controle não no computador deles (servidor), mas no seu computador (cliente).
Para fazer isso, eles contam com a ajuda do seu navegador. Eles mandam a página sempre da mesma forma e o seu navegador é que faz o trabalho sujo. Roda um programa escrito em JavaScript para olhar pros dados que ele mesmo já tinha registrado anteriormente (os chamados cookies). Baseado nesses dados, redireciona você para outra página (no caso de Folha e Estadão, simplesmente coloca um fundo preto semi-transparente em cima do conteúdo do site).
Isso torna não só possível, como trivial contornar o bloqueio. Basta dizer para o seu navegador não registrar cookies, desativar a execução de JavaScript ou rodar outro programa para anular a ação do programa da grande mídia. Abaixo vou mostrar diversas formas de fazer isso usando o Mozilla Firefox, mas em outros navegadores há formas semelhantes de fazer o mesmo. Como sempre, a última forma é a que eu considero melhor.
Usar janela de navegação privada
A forma mais simples de acessar um conteúdo bloqueado é acessar a página numa janela de navegação privada. Para abrir tal janela, basta usar o atalho Ctrl+Shift+P no Firefox (ou Ctrl+Shift+N no Chromium). Como essa janela não vai usar os cookies que seu navegador tem registrado na janela principal, você vai conseguir acessar o conteúdo proibido normalmente (como se nunca tivesse acessado nenhuma notícia antes). Há pessoas que usam só o modo de navegação privada o tempo todo (uma opção razoável para evitar rastreamento).
Remover cookies individuais
No Firefox, você pode usar Editar → Preferências → Privacidade → Remover cookies individuais para remover cookies registrados no seu computador. Se você remover todos, vai sair automaticamente de todos os sites onde está logado. Como seu objetivo é contornar o paywall, você pode remover cookies somente dos sites que deseja acessar (no caso, procurar globo, folha e estadao na barra de busca da remoção de cookies).
Desativar JavaScript
É possível desativar a execução de programas enviados pelos sites que você acessa no Firefox desmarcando a caixa Permitir JavaScript no menu Editar → Preferências → Conteúdo do Firefox. Dessa forma, você vai perder muitas funcionalidades dos sites, mas navegar mais rápido e não ter que encarar paywall algum.
A extensão NoScript do Firefox torna mais fácil ativar/desativar scripts de determinados domínios.
Desativar CSS
Se você não se importar com leiaute e diagramação da página, Exibir → Estilos da página → Nenhum estilo vai fazer tudo ficar feio, mas o texto legível.
Usar extensão Web Developer
Instalar a extensão Web Developer no Firefox torna ainda mais simples remover cookies de um determinado domínio e desativar JavaScript ou CSS (aparece uma barra embaixo da barra de endereço com botões pra executar essas ações).
Remover lightbox
No caso de Folha e Estadão (que sobrepõe um fundo preto semi-transparente e uma lightbox na página ao invés de redirecionar você para outra página como faz o Globo), é possível fazer a lightbox desaparecer (sem mexer nos cookies ou no JavaScript) usando o modo de inspeção (Ctrl+Shift+I), selecionando os elementos que quer remover e adicionando o CSS display:none; neles. Por meio de um userscript do Greasemonkey seria possível automatizar isso.
Forma definitiva (minha preferida): filtros no Adblock Plus
Adblock Plus é uma extensão do Firefox extremamente eficiente para bloquear publicidades e scripts não desejados. Os seguintes filtros bloqueiam os scripts de paywall de Folha, Estadão e O Globo:
(Depois de escrever, fiquei pensando que talvez seja razoável bloquear simplesmente paywall de uma vez.)
Para usar, basta ter instalado o Adblock Plus, copiar essas regras (todas juntas) e colá-las em Ferramentas → Adblock Plus → Preferências de filtros → Filtros personalizados.
O que começou como um meio de manter a liberdade individual pode agora ser usado por estados menores para afastar as ambições dos maiores.
Julian Assange, The Guardian (tradução: Tiago Madeira)
Os cypherpunks originais eram em maioria libertários californianos. Eu era de uma tradição diferente, mas nós todos procurávamos proteger a liberdade individual da tirania do estado. Criptografia era nossa arma secreta. Foi esquecido quão subversivo isso era. A criptografia era então propriedade exclusiva dos estados, para utilização nas suas várias guerras. Escrevendo nosso próprio software e disseminando-o por toda parte nós libertamos a criptografia, a democratizamos e a espalhamos através das fronteiras da nova internet.
A repressão resultante, sob várias leis de “tráfico de armas”, falhou. A criptografia se tornou padronizada nos navegadores e em outros programas que as pessoas agora usam cotidianamente. Criptografia forte é uma ferramenta vital na luta contra a opressão do estado. Essa é a mensagem no meu livro, Cypherpunks. Mas o movimento pela disponibilidade universal da criptografia forte deve ser feito para fazer mais que isso. Nosso futuro não depende da liberdade de indivíduos sozinhos.
Nosso trabalho no WikiLeaks dá uma profunda compreensão da dinâmica da ordem internacional e da lógica do império. Durante a ascensão do WikiLeaks, vimos evidências de pequenos países intimidados e dominados por maiores ou infiltrados por empresas estrangeiras e influenciados para agirem contra eles mesmos. Vimos expressões da vontade popular negada, eleições compradas e vendidas, e as riquezas de países como a Quênia sendo roubadas e leiloadas a plutocratas em Londres e Nova Iorque.
A luta pela autodeterminação latinoamericana é importante para muito mais pessoas do que as que vivem na América Latina, porque ela mostra ao resto do mundo que isso pode ser feito. Mas a independência da América Latina ainda está engatinhando. Tentativas de subversão de democracia latinoamericana ainda estão acontecendo, incluindo mais recentemente Honduras, Haiti, Equador e Venezuela.
Por isso a mensagem dos cypherpunks é de especial importância para audiências latinoamericanas. A vigilância em massa não é uma questão somente para a democracia e a governabilidade — é uma questão geopolítica. A vigilância de uma população inteira por uma potência estrangeira naturalmente ameaça a soberania. Intervenção após intervenção nos assuntos da democracia latinoamericana nos ensinaram a sermos realistas. Nós sabemos que as velhas potências ainda vão explorar qualquer vantagem para atrasar ou suprimir a eclosão da independência da América Latina.
Considere geografia simples. Todo mundo sabe que os recursos do petróleo dirigem a geopolítica global. O fluxo de petróleo determina quem é dominante, quem é invadido e quem está condenado ao ostracismo por parte da comunidade global. Controle físico mesmo sobre um segmento de um oleoduto produz uma grande potência geopolítica. Governos nessa posição podem extrair enormes concessões. Numa tacada, o Kremlin pode sentenciar a Europa oriental e a Alemanha a um inverno sem aquecimento. E mesmo a perspectiva do Tehran controlar um oleoduto ao leste para Índia e China é um pretexto para a lógica bélica de Washington.
Porém, o novo grande jogo não é a guerra por tubulações de petróleo. É a guerra por tubulações de informação: o controle sobre os caminhos de cabos de fibra óptica que se espalham por via submarina e terrestre. O novo tesouro global é o controle sobre os fluxos de dados gigantes que conectam continentes e civilizações inteiras, ligando as comunicações de bilhões de pessoas e organizações.
Não é segredo que, na internet e no telefone, todas as estradas que saem e chegam na América Latina passam pelos Estados Unidos. A infraestrutura da Internet direciona 99% do tráfego para e da América do Sul sobre cabos de fibra óptica que atravessam fisicamente as fronteiras dos EUA. O governo dos EUA não mostrou nenhum escrúpulo sobre quebrar a sua própria lei ao explorar esses cabos e espionar seus próprios cidadãos. Não existem tais leis contra espionar cidadãos estrangeiros. Todos os dias, centenas de milhões de mensagens de todo o continente latinoamericano são devoradas por agências de espionagem estadounidenses, e guardadas para sempre em galpões do tamanho de pequenas cidades. Os fatos geopolíticos sobre a infraestrutura da internet, logo, tem consequências para a independência e para a soberania da América Latina.
O problema também transcende a geografia. Muitos governos e militares latinoamericanos protegem seus segredos com hardware criptográfico. Isso são caixas e programas que embaralham as mensagens e então desembaralham-as na outra extremidade. Os governos as compram para manter seus segredos em segredo — frequentemente com grandes despesas para o povo — porque eles estão corretamente preocupados com a interceptação das suas comunicações.
Mas as empresas que vendem esses dispositivos caros desfrutam de laços estreitos com a comunidade da inteligência dos EUA. Seus presidentes e altos funcionários são frequentemente matemáticos e engenheiros da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) capitalizando nas invenções que eles criaram para o estado de vigilância. Seus dispositivos são muitas vezes deliberadamente quebrados: quebrados com um propósito. Não importa quem está usando ou como eles são usados — agências dos EUA ainda podem desembaralhar o sinal e ler as mensagens.
Esses dispositivos são vendidos para os países da América Latina e de outros lugares como uma forma de proteger seus segredos, mas são na verdade uma forma de roubar seus segredos.
Enquanto isso, os Estados Unidos estão acelerando a próxima grande corrida armamentista. As descobertas do vírus Stuxnet — e então dos vírus Duqu e Flame — anunciam uma nova era de armas-programas altamente complexas feitas por estados poderosos para atacar estados mais fracos. Seu primeiro ataque agressivo contra o Irã está determinado a minar os esforços iranianos de soberania nacional, um prospecto que é um anátema para os interesses dos Estados Unidos e de Israel na região.
Houve um tempo que o uso de vírus de computador como armas ofensivas era enredo de romances de ficção científica. Agora se tornou uma realidade global estimulado pelo comportamento irresponsável do governo de Barack Obama em violação ao direito internacional. Outros estados vão agora seguir o mesmo caminho, aumentando as suas capacidades ofensivas para se recuperarem.
Os Estados Unidos não são os únicos culpados. Nos últimos anos, a infraestrutura da internet de países como Uganda foi enriquecida por investimento direto chinês. Empréstimos pesados são distribuídos em troca de contratos africanos para as empresas chinesas construírem a infraestrutura de backbones de internet ligando escolas, ministérios do governo e comunidades no sistema global de fibra óptica.
A África está ficando online, mas com hardware fornecido por um aspirante a potência estrangeira. Será que vai ser a internet o meio pelo qual a África vai continuar subjulgada no século XXI? A África será novamente o espaço de confronto entre potências mundiais?
Essas são apenas algumas das formas importantes pelas quais a mensagem dos cypherpunks vai além da luta por liberdade individual. A criptografia pode proteger não somente as liberdades civis e direitos dos indivíduos, mas a soberania e independência de países inteiros, solidariedade entre grupos com causas comuns e projetos de emancipação global. Pode ser usada para lutar não apenas contra a tirania do estado sobre o indivíduo mas a tirania do império sobre estados menores.
Os cypherpunks ainda têm que fazer seu maior trabalho. Junte-se a nós.
O Marco Civil da Internet surgiu em oposição ao projeto de lei do então senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG) conhecido como AI-5 Digital, que buscava vigiar e controlar o que nós fazemos na internet. O conteúdo original daquele projeto era bizarro, prevendo cadastro prévio e identificação de todos os usuários de internet, utilização dessa identificação para prender para quem baixa músicas online, censura de sites arbitrariamente sem aviso prévio e outros absurdos do tipo. Algo muito parecido com a lei SOPA nos EUA.
A proposta do Marco Civil foi a de criar uma lei no sentido contrário. Em vez de criar uma legislação para punir simples usuários da rede, vários ativistas do software livre e da internet livre se organizaram para escrever (mediando com governo e empresas) uma “constituição” para a internet, que respeitasse a liberdade de expressão e garantisse direitos jurídicos para os seus usuários.
Seria um erro ser contra (por princípio) toda e qualquer legislação que verse sobre a internet. A internet é uma rede grande e descentralizada. Nós, usuários comuns, somos pontinhas nessa rede (folhas) conectados ao mundo por poucas empresas de telecomunicações (provedores), que possuem poder para fazerem o que quiserem com a nossa comunicação com essa grande rede.
Os provedores de internet no mundo inteiro se aproveitam de seu poder para ganharem dinheiro. Isso se faz de várias formas, desde vendendo uma alta velocidade de internet e entregando apenas 20% dela (é essa a norma da Anatel pra banda larga!), até priorizando determinados tipos de comunicação.
Os exemplos dessa priorização são variados e, embora a gente às vezes não perceba, acontecem no mundo inteiro: de operadoras de celular que bloqueiam (ou limitam) comunicação através do protocolo UDP para impedir que seus usuários usem VoIP via 3G em vez de pagarem por ligações (conheci vários casos trabalhando com VoIP móvel no imo) até provedores que diminuem a velocidade de torrents ou jogos online. Isso pra não falar de denúncias sobre sites que abrem muito mais rápido do que outros (vamos supôr que você é o dono da Telefônica e o Google é seu parceiro — aí você pode dar uma forcinha pra o Google ser melhor que seu concorrente Yahoo fazendo o Yahoo demorar mais pra abrir para os seus usuários).
Por isso, regulamentações que garantam o princípio da neutralidade na rede (isso é, segundo a Wikipedia, o princípio de que todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma, navegando a mesma velocidade) são muito importantes.
Nesse sentido, é motivo para comemorarmos que, com o Marco Civil, o Brasil tenha a chance de ser pioneiro na criação de uma lei que garanta neutralidade na rede. Não é exagerado dizer que essa possibilidade impressiona ciberativistas do mundo inteiro.
Porém, o lobby (das empresas de telecomunicações, as mesmas para as quais o governo já cedeu com um Plano Nacional de Banda Larga que vai garantir seus lucros sem levar internet de qualidade para mais lugares do país) e a falta de compromisso do governo com as pautas que dizem respeito à democratização das comunicações e à internet (falta de compromisso que tirou de Brasília um cara como o Sérgio Amadeu no final de 2005 e congelou as políticas pró-software livre desde lá), está ameaçando o texto do projeto a dois retrocessos inaceitáveis.
O primeiro diz respeito justamente à neutralidade. O texto atual do projeto prevê exceções a esse princípio. Essas exceções seriam regulamentadas por ninguém mais ninguém menos que a Anatel, entidade que representa os interesses do oligopólio das telecomunicações no Brasil.
Já o segundo foi um dos pontos mais polêmicos dos projetos SOPA, PIPA e Azeredo. O texto atual do Marco Civil determina que sites e provedores sejam obrigados a tirar do ar conteúdos quando há uma simples denúncia, antes mesmo dessa denúncia ser julgada. Na prática, alguém poderia denunciar meu site por infringir algum direito autoral e, antes mesmo de eu me defender, meu servidor seria obrigado a tirar meu site do ar. Um precedente terrível de censura.
Sem consenso sobre esses pontos (ainda bem), a votação do Marco Civil já foi adiada cinco vezes. Na última terça (13), foi adiada para a próxima terça (20). Fiquemos atentos, porque o texto que será votado e o resultado dessa regulamentação podem ter consequências muito importantes, para o bem ou para o mal, para a internet. De fato, o futuro da internet como a conhecemos hoje dependerá muito (embora não só) das decisões sobre neutralidade na rede que forem tomadas em legislações pelo mundo inteiro.